Os Robôs da Educação


Por: Geraldo Messias do Nascimento Souza
A educação nos últimos anos vem acontecendo de forma diferente e cruel. Os nossos estudantes estão programados para passar do ensino fundamental I até nos vestibulares. Não existe mais a preocupação do aprender, do conhecimento macro. A ideia é preparar o estudante, só para lograr êxito no que são submetidos. 

Como se fosse programado só para aquilo. Lembrando a película cinematográfica “Programado para Matar”. Para os donos de estabelecimentos de ensino particulares o objetivo principal dos seus “pupilos” é que consigam vitórias nos vestibulares,não importando se estão aprendendo ou não.É como se programasse um robô só para aquela atividade.Não levando em conta sentimentos,angústias ,vontade de externar os seus pensamentos. 


Senhores pais, professores, educadores e administradores escolares não basta saber ler e escrever e sim entender o que se escreve e se fala. Por isso é que a qualidade do nosso ensino caiu bastante nos últimos anos. Para se ter uma ideia 60% dos alunos que concluíram a 4ª série do ensino fundamental l tem dificuldade na leitura e escrita. Se nossas crianças estão nesse caminho, imagine vocês quando estiverem no ensino superior. 

Hoje se estuda apenas para a prova não se estuda para aprender. Não se preocupando com a necessidade de aprendizagem para vida. Às vezes questionamos ao aluno, um dia depois das provas, sobre o conteúdo estudado ele não sabe mais; pois foi programado apenas para fazer as provas, e diz que já esqueceu. 

Ou mudamos a forma de ensinar os nossos alunos para uma educação que possa levar os mesmos a refletirem e ter conhecimentos para a vida; ou então vamos criar robôs programados para fazer os testes e viver de forma unilateral. 

*Professor, Pedagogo, Pós em Psicopedagogia e Radialista.

Conflitos de poder entre professor e aluno


Por: OSEAS FELICIO DE LIMA
Conflitos de poder entre professor e aluno
Por Oséas Felício de Lima * 
Um processo pode ser entendido como um conjunto de partes seqüenciais e interdependentes, organizadas para produzir um determinado resultado. Depreende-se deste entendimento que a aprendizagem é, também, um processo no qual professor e aluno são partes vitais e o produto final é a formação da competência humana. Das relações, em sala de aula, entre aluno e professor podem advir várias dificuldades, entre as quais aquelas oriundas das relações de poder entre ambos. É neste contexto que sugerimos algumas estratégias para que estes conflitos de poder sejam minimizados. 


Quando em sala de aula, o professor é dotado de liberdade tal que o tem levado, na maioria das vezes, a adotar uma postura ditatorial perante os alunos. Essa postura instrucionista tem encontrado amparo no fato de que o professor, na sala de aula, tem autonomia para determinar ações, selecionar o conteúdo e a metodologia de ensino, controlar o tempo, enfim, impor aos alunos aquilo que ele acha que é o correto e da maneira que ele quer. Tal postura tem acarretado bastantes desvios no processo de aprendizagem, tirando dos alunos a motivação para participar das aulas, e, sobretudo, impossibilitando-lhes a formação da competência humana, traduzida no saber pensar, no aprender a aprender e na construção e reconstrução do conhecimento. Considerando que o processo de aprendizagem deve ter como parceiros a incerteza e a dúvida, - logo, o professor não é o dono da verdade -, e que os alunos, ao lidarem com o conhecimento, devem assumir uma atitude inquieta, curiosa e questionadora, traçaremos algumas estratégias que minimizarão o conflito de poder entre o professor e o aluno, criando um ambiente propício à formação de cidadãos capazes de pensar, de aprender a aprender e de criar a própria história, individual e coletiva. 


Para o sucesso das estratégias sugeridas, o professor precisa se despir de suas vestes ditatoriais e adotar um verdadeiro compromisso com a educação, enxergando o aluno como ponto de partida e de chegada, e o conhecimento como um instrumento de trabalho a ser manejado em conjunto com os alunos. Neste cenário, o professor passará a ter funções de facilitador e de orientador no processo de construção e reconstrução do conhecimento. Superada esta fase, sugerimos três estratégias para a minimização dos conflitos de poder entre o professor e o aluno: 
A primeira estratégia diz respeito à substituição da rigidez pela maleabilidade. A rigidez pode ser entendida como a adoção de práticas formais, a imposição de conteúdos cristalizados, o culto à “sabedoria” do professor e outras práticas inibidoras da criatividade e da inovação. Já a maleabilidade possibilita uma maior interação com os alunos, faz-nos aceitar o erro como condição normal no processo de aprendizagem, permitindo-nos enxergar que não somos os donos da verdade. Dentro desta estratégia, devem ser propostos problemas como pontos de partida para as discussões. Tais problemas deverão propiciar o saber pensar, provocar a necessidade de busca da informação, com ênfase na manipulação (construção / reconstrução) do conhecimento. 


Como segunda estratégia sugerimos a substituição do fechamento pela abertura. Um professor que, na sala de aula, considera-se um artista no palco, – só ele fala -, e que acha que seus alunos são meros ouvintes, torna-se tedioso e causa desmotivação. É como se vomitasse palavras que embrulham o estômago dos ouvintes. O fechamento do professor em seu mundo causa uma barreira gigantesca entre ele e os seus alunos, impossibilitando-lhes a interação e a manipulação do conhecimento. Para a abertura, sugerimos a criação de condições que viabilizem posicionamentos críticos e possibilitem análises, questionamentos e a desconstrução da realidade (criatividade e inovação). Para que tal abertura seja implementada é imperioso que entendamos que o conhecimento é algo dinâmico, mutável, provisório e, portanto, passível de transformação em novos conhecimentos. 


A terceira estratégia trata da substituição do olhar único pelo olhar plural. O olhar único do professor enxerga apenas a si mesmo, com seus conhecimentos cristalizados, suas mesmices e seu pretenso saber; é, portanto, um olhar míope. Já o olhar plural é bem mais abrangente. Esse olhar faz com que o professor veja-se como alguém que tem uma maior experiência no trilhar os caminhos do saber, porém, tendo a função de orientar e facilitar o processo de aprendizagem; esse olhar faz o professor enxergar em seus alunos as características individuais, as múltiplas inteligências e a maneira como estas aflorarão à medida que forem desafiados a pensar, a problematizar e a buscar respostas próprias com argumentos fundamentados; esse olhar possibilita ao professor o estar atento às mudanças da sociedade, garantindo a substituição de velhos por novos paradigmas no processo de aprendizagem. Para o alcance do olhar plural sugerimos o compartilhamento das nossas ações com os alunos, o trabalho em equipe, as interações tendo como alvo a cooperação, a firmeza e clareza na expressão de nossas ideologias e convicções, porém, conscientes de que será necessário mudá-las com o tempo. 


Sendo, portanto, o objetivo do processo de aprendizagem a formação da competência humana, é de vital importância que os conflitos de poder entre professor e aluno sejam minimizados ao máximo. Do contrário, a competência humana, - a ser materializada na formação de cidadãos capazes de pensar, de aprender a aprender, de construir e reconstruir o conhecimento -, ficará comprometida. Para que tal objetivo seja atingido, sugerimos como estratégias a substituição da rigidez pela maleabilidade; do fechamento, pela abertura; e do olhar único, pelo olhar plural. Da implementação das diversas ações propostas por tais estratégias obteremos o produto final do processo de aprendizagem: a formação de cidadãos capazes de fazerem sua própria leitura da realidade, interpretando-a e modificando-a rumo ao bem-estar universal. 


* Oséas Felício de Lima é Bacharel em Administração de Empresas, com Pós-Graduação em Gestão Empresarial (MBA) pela Fundação Getúlio Vargas - FGV, Instituição na qual também possui o Curso de Docência para o Exercício do Magistério Superior. 
Contato: oseasf.lima@gmail.com

A quem cabe a tarefa de educar os filhos?


Por: queila medeiros veiga
Nessa nova sociedade, midiática e cheia de atrativos, é muito fácil desviar a atenção dos valores adquiridos para os novos que adentram os lares pelos computadores, televisão, entre outros. 

Como educadora que sou, vem sempre à mente uma questão: A quem cabe a tarefa de educar os filhos nos dias de hoje? A resposta pode ter vindo à cabeça imediatamente e estaria correta. Mas porquê tenho a sensação de que algo está indo pela contramão? 

Os filhos estão cada vez mais distantes da convivência familiar (familiar aqui não no sentido da tríade, pai, mãe e filhos, hoje sabemos que o contexto “família” já mudou). Ou estão com seus pares nos shoppings, nos lugares de lazer, ou assistindo TV, na internet, no vídeo game ou cumprindo uma extensa agenda (esportes, música, inglês...). E os pais, por conta dessa nova sociedade, cada vez mais fora de casa também, lutando pela sobrevivência, preocupados em não perder tempo, trabalhando, estudando, lutando mesmo, para que a família tenha melhores condições de vida. 

Nessa busca perdem-se pelo caminho alguns valores e o convívio familiar vai ficando cada vez mais escasso. 

Educar filhos não é uma tarefa que se aprende com a experiência simples de ter filhos, embora pareça que essa seja a única maneira de aprender. Muito menos a busca por “entendidos”, pois cada qual com sua contribuição formarão uma corrente com elos diferentes. 


Educar filhos é mais que ensinar o certo e o errado, é mesmo trabalhar um projeto de vida, em que nele se definem objetivos e metas mesmo, sem querer aqui mecanizar essa tarefa, mas é assim se desejamos bons resultados. 

Essa tarefa não se aprende com receitas e nem num passe de mágica, há um longo caminho a ser trilhado. Exige daqueles que dela participam, um esforço concentrado na melhoria das relações familiares e do convívio social. 

Deixar de dialogar com os filhos, não ter tempo, alem de que suas respostas desconcertantes não nos permitem atuar dentro do papel de "adulto" que aprendemos com nossos pais, parece que o que aprendemos com nossos pais não funcionam, paramos perplexos, e estamos deixando que cresçam sozinhos, perdidos em seus mundos, muitas vezes exercendo uma crueldade ímpar, porque as crianças são naturalmente capazes de crueldades impensáveis e, diferente de nós, elas têm a exata noção do prazer que isto lhes causa. Claro que tudo isso observando-se dentro de um contexto sócio-histórico, com efeitos diferentes nas diferentes classes sociais, há que se pensar nessas gerações que hoje são nossas crianças e adolescentes. 


O desafio é lutar pela melhor educação dos filhos numa sociedade que se transforma e faz cair por terra tudo o que tecemos durante a vida e aprendemos como certo e arraigado. 

Entendo então, que a educação dos filhos ainda cabe em primeiro lugar para a família, ninguém a pode substituir. 


Queila Medeiros Veiga
Pedagoga, com pós graduação em Educação Especial 
Atualmente Coordenadora Pedagógica pela Secretaria Estadual de Educação de São Paulo na cidade de Sorocaba/SP 

Lição de Casa - Renovando o Conceito


Por: Sandra
Para a maioria dos pais qualquer que seja o termo aplicado às atividades extra aulas, a conotação atribuída a ele é a de preocupação ou até mesmo de conflito. Como lidar com asobjeções que aparecem nesse cenário e não transformar essa atribuição em um fardo ou show de horror?
A atmosfera de mal-estar que envolve o tema tem início em sua própria abordagem quecarrega um conceito tradicional de oposição ao prazer e ao brincar. Quando falamos em dever de casa já estamos propagando a ideia de “peso”, de algo desinteressante e árduo. Lição de casa tem ar de castigo, punição. Talvez um bom princípio para renovação dessa imagem seja substituir os clássicos nomes por atividades escolares, por exemplo, para concepção de uma rotina mais atrativa e sem “cara” de tarefa imposta. Pequenos recursos como esse podem auxiliar na construção de uma relação sadia com o processo de aprendizagem. Uma motivação adequada desperta a participação espontânea e ativa das crianças no cotidiano escolar e pode evitar casos mais críticos onde a resistência tende a surgir em forma de desânimo ou rebeldia.
Transformar as práticas escolares em experiências gratificantes é um grande desafio.Convivemos com um modelo de ensino que tende a valorizar um desempenho acadêmico considerado ideal e o que os pequenos precisam é de espaço para protagonizar a história e não apenas reproduzi-la. Nessa dinâmica onde os valores principais são incentivar a responsabilidade e autonomia, favorecendo o hábito de estudar, é possível criar soluções para um desenvolvimento completo e mais construtivo em vez de promover um mero treinamento cognitivo.
O ponto fundamental nesse contexto é identificar se a criança estabelece uma relação de prazer com os estudos e trabalhar no sentido de restaurar esse vínculo caso ele não seja positivo. Os pais devem mostrar interesse pelo compromisso de seu filho com as tarefas e pelas dificuldades que encontra para realiza-las. A expressão de apoio poderá confortá-los e a valorização do esforço ensinará que a persistência deve ser cultivada para se alcançar os resultados.
Sem dúvidas, essa proposta de adequação ou transformação de conceito, envolve algumas mudanças de comportamento, certo grau de paciência e disponibilidade. É preciso conciliar as demandas com agendas já cheias de compromissos e estar preparado para lidar com conteúdos diversos. Nesse ponto uma parceria com a escola é importante para compreensão e alinhamento do que é proposto como tarefa de casa x possibilidades da família para atuação.
Outro ponto a ser sublinhado é que os pais devem propiciar condições para a realização das atividades, mas não devem executá-las. É importante que sejam participativos e tenham uma atitude positiva em relação às práticas escolares, pois certamente as crianças terão esse mesmo comportamento.
Algumas dicas para auxílio no dia a dia:
. Criar um ambiente estimulante para ajudar a criança a fazer associações agradáveiscom os estudos. Ideias simples podem deixar essa vivência mais divertida e fazer a diferença: uma boneca ou boneco sentando junto para estudar, um pequeno descanso fazendo exercícios com as mãos e cantando uma musiquinha, uma caixinha surpresa que poderá ser aberta quando o trabalho terminar, um cartaz ou quadro onde possam ser coladas estrelinhas quando algo for aprendido e setas vermelhas com anotações sobre as dificuldades que precisam ser trabalhadas.
. Tentar associações com temas da realidade atual da criança para que ela veja sentido no que está aprendendo. Buscar exemplos práticos.  . Estimular as paixões naturais da criança para que ela tenha alegria em aprender. Fazer associações envolvendo o que a criança gosta para ativar boas sensações. . Criar uma rotina (disciplina) e um cantinho para fazer a lição, isso ajuda naconcentração e organização. Barulhos em excesso devem ser evitados.
. Perceber o limite da criança e não forçar se ela estiver esgotada, após um descanso as tarefas poderão ser retomadas. Isso está diretamente relacionado à ideia de não criar um vínculo negativo com a aprendizagem.
. Não demonstrar preocupação com as notas apenas, mas sim com o aprendizado, odesenvolvimento da criança. 
. Respeitar as produções da criança, procurando orientá-la sem tirar a credibilidade daquilo que foi feito por ela para não inibir o aprendizado.
. Deixar livros em locais de fácil acesso para estimular o hábito de leitura
. Ter cuidado para que não haja mais cobrança que incentivo. Pressões e críticas do tipo “você não sabe nada”, "você não presta atenção”, “você é muito lento” mexem com a autoestima da criança e só colaboram para que as associações com a escola sejam negativas.
. Evitar as comparações da criança com irmãos e colegas . Observar o modo como a criança se comporta durante os afazeres e detectar os métodos que utiliza com maior frequência a fim de seguir suas preferências e facilitar a recepção e processamento dos conteúdos: se ela é mais ativa ou reflexiva, mais verbal ou visual, mais genérica ou analítica. Como ela aprende (vendo, ouvindo, executando), o que distrai sua atenção (estímulos auditivos, visuais), como processa as informações (pensamento rápido, moderado, lento), como interage com o ambiente (maior ou menor atenção ao que ocorre a sua volta), como se organiza (globais, detalhistas, criativos).
A partir dessas sugestões é possível criar meios para que os momentos de estudo sejam produtivos e prazerosos, lembrando que o objetivo é apoiar a criança e não impedir sua independência nos estudos. O importante é que os pais participem e mostrem que valorizam a educação. Acrescento a esse “pacote” uma atenção especial ao fato de que a aprendizagem se dá de forma particular em cada indivíduo e por isso é importante perceber e respeitar o estilo de cada um.
Encerro por aqui com uma frase de Jean Piaget para reflexão:
“Pensar é agir sobre o objeto e transformá-lo”.
“O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados, mas é antes de tudo aprender a aprender, é aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola”.

The Phrasal Verbs Machine – A Nice App for ELL Students


Screen Shot 2013-02-25 at 10.44.21 AMOne of the true challenges for English language learners is understanding the meanings of phrasal verbsThe Phrasal Verbs Machine, developed by Cambridge University, is a free iPad app that aims to help ELL students learn the meanings of phrasal verbs. The Phrasal Verbs Machine provides students with short animations that illustrate the meanings of many common phrasal verbs. There is a written definition below each animation. Students can view the animations and definitions as many times as they like before trying their hands at the practice identification exercises. The Phrasal Verbs Machine provides definition translations in Spanish, French, Italian, German, Russian, and Portuguese.
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MEC quer dar acesso ao livro digital até 2015


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O Ministério da Educação (MEC), planeja, para os próximos anos, dar acesso à conteúdos multimídias aos alunos da rede pública. O intuito é que o material escolar não ocupe mais do que o espaço de um tablet na mochila.

Consta no edital para os livros a serem distribuídos em 2015 pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) a inscrição de obras multimídia, que reúnam livro impresso e digital. Eles deverão ter vídeos, áudios, animações, infográficos, mapas interativos, páginas da web e outros objetos que complementarão as informações contidas nos textos escritos.

O MEC já distribuiu 382.317 tablets. A meta é chegar a 600 mil até o final deste ano. Na primeira etapa, os equipamentos serão destinados a professores de escolas de ensino médio. Apenas o Amapá e o Maranhão não aderiram ao programa. Por ano, o ministério investe cerca de R$ 1 bilhão pelo PNLD.

Um estudo do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) de 2007 concluiu que as escolas com acesso à internet têm maior eficiência e que isso reflete no desempenho dos estudantes. Uma das pesquisadoras afirma que “os alunos estão adaptados a ter um maior convívio com os meios digitais, mas muitos professores não têm esse conhecimento. O recurso audiovisual é bom quando se sabe usar.”.